sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Tempo bom de pedir perdão


O fim de ano se aproxima.
Um sentimento novo aflora.
Pensamos mais, uns nos outros.
Maus pensamentos vão embora.

Todo mundo quer ficar perto.
De todos aqueles que ama.
Mesmo tendo havido brigas,
Quem é esperto se perdoa.

Porque na hora da virada,
Na hora daquele abraço.
Jogamos tudo pro espaço.
O que importa é estar de Boa.

É mais esperto ainda:
Quem se esforça em procurar
Alguém que agente feriu
Pra que possa nos perdoar.

Porque nessa fase do ano
Os corações se esmorecem
O mais difícil agente esquece
Então, é bom aproveitar.

Antes que o fim de ano passe.
E caia a ficha outra vez:
E as pessoas voltem a lembrar
Em tudo que a gente fez.

ElsonMSilva

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Mensagem de fim de ano



A festa de fim de ano.
É aquele reboliço.
Mulher atrás de vestido
Sogra atrás de panela.
Menina atrás de paquera
Tudo doida pra casar
Começam a se enfeitar
Faltando quase um mês.

As "muié" fazendo lista
Que vale pelo ano todo.
De ingrediente de bolo
Vai quase o décimo de uma vez.
Sem falar no desespero
Das roupas da criançada,
Que não pode ser usada
Nenhuma mais de uma vez.

Meu amigo, dá pra ver
O quanto vale um vestido.
Basta olhar no marido
Na hora do pagamento.
O homem olha pro tempo
Sem querer acreditar,
E se ele for um cardíaco
É capaz de infartar.

O salário vai  "simbora",
E as compras: só no começo.
Tem que comprar peru fresco.
Nem que seja no Amapá.
Tem que comprar espumante,
Que champanhe ja não presta.
Que é pra servir na festa
Pros granfinos que "chegar".

E castanha do Pará?
Amêndoas, nozes, e figo.
Azeite e atum enlatado
Só "virgem de Portugá".
Sem falar
Em pão centelho,
E tanta da novidade
Que não sei a utilidade
Mas que não pode faltar.

E tem que ter os salgados.
Aqueles de aniversário.
Tudo que já inventaram
Tem que providenciar.
Sem falar nas sobremesas:
"Beijim", flocos, framboesa,
Bem casado e cerejas.
É doce pra se acabar.

E como se não bastasse,
Tanta coisa por aqui:
Tão inventando sushi:
Com comida de chinês.

Quem quiser virar o ano
Em paz, longe de contenda,
Tente aprovar uma emenda:
Como o Congresso fez:
Congelados: 20 anos.
Frango, geladinho e torta
Gelatina de groselha;
Bolo de goma xadrez.

Combine com a patroa,
Pra sair tudo na Boa.
Tente inserir a broa.
Lembre das "festa passada"
Todo mundo se ajuntava
Agente se divertia,
E era aquela folia
Comendo o que o bolso dava.

Pra gente não importava
O que estava sobre a mesa.
Nem que fosse carne seca.
Pão doce com cajuína.
Não tinham aprendido, ainda
A empinar o nariz.
O que pra nós importava
Era apenas ser feliz.

ElsonMSilva











FESTA NA CASA DOS FILHOS DE XOLÔ




Esse ano eu vou.
Esse ano eu vou.
Para a festa lá na casa:
Dos filhos de Xolô.

A Rainha dos Miranda.
Com a princesinha Isabela.
Os cavaleiros de esperança:
Tomazio e Emanuel.
Tem Lucas, tem Gabriel;
E se precisar mais anjo:
E só acordar Miguel.

As princesas vão chegando,
Com os vestidos enfeitados:
Clara, Clarice, Vitória,
Joana, Emile e Elis.
Moiseis cruzou o Mar Vermelho,
Só pra ver Mana feliz.

Ester deixou seu reinado,
Samuel trouxe os conselhos.
Ianine e Heitor vão de foguete fretado.
Tio Helder ja avisou:
Que vai chegar atrasado.

Mila vem de bicicleta.
Mana vem por Serra Branca.
Está tudo organizado;
A festa "tá" quase pronta.
Dega e Nilda nem dormiram,
Preocupadas com a janta.

Lelinha está atrasada,
Foi receber as cunhadas.
Os cunhados foram ver
Se na feira encontravam:
Um bode gordo pra vender,
Para nós"cumer" a buchada.

A princesinha Alicia
Vem com o príncipe Vitor
Heldinho e Pedro Levi
Vão vir num vôo azul.
Vovó Lourdes ja matou
Para mais de dez "piru".

Sem falar na"primaiada"
Dos Miranda e dos Aurora;
Todos os tios e tias,
Que por certo, a "essas hora",
"Tão tudo de mala pronta
"Doido pra irem simbora"

Eu quis dar um presente massa
Pra essa família amada.
Pra Elsinho de Xolô
Ofereço essa toada.
Até o ano que vem.
Deus nos guarde nessa estrada.

Mas esse ano eu vou.
Esse ano eu vou.
Para a festa la na casa
Dos filhos de Xolô.

ElsonMSilva.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

CHORO DE CHAPECO



Resultado de imagem para TORCIDA DA CHAPE VELORIO


O choro de  Chapecó,
Tragedia de todos nós.
Que não entende que a vida,
São pedras de dominós.

Enfileiradas, uma a uma.
Com  um destino certeiro.
Um movimento de dedo:
E está tudo acabado.

Como a vida do gado.
Dos saguis, dos rouxinóis.
Dos peixes, e dos mocós.
A chama do candeeiro.

Como um conto ligeiro,
Diz a sagrada escritura.
A rama da jitirana
No fio fino da enxada.

A folha seca do fumo
Quando alguém pisoteia.
Como o anel na areia,
O caminhão na estrada.

Papel boiando na água.
E a banana na feira.
O solavanco da veia.
No pressão descontrolada.

A conta que dá errada.
E que a soma não fecha.
Mata seca que incendeia.
Numa fagulha inflamada.

O lado esquerdo do peito.
E o corisco no céu.
O giro do carrossel.
Batido da porta aberta.

Um jogo, sem regra certa.
Que  não devia ter lado.
Que não tem hora, nem dia.
Para ser finalizado.

ElsonMSIilva


NINGUÉM SE IMPORTA COM NADA

Resultado de imagem para interrogação


O que dizer sobre a dor
Quando ela arde no peito.
Sem se importar com o direito
De preservar as entranhas.

O que dizer das piranhas,
Quando atacam a presa.
Do copo seco na mesa,
Depois da noite passada.

O que dizer da calçada,
Da água limpa da serra,
Do riso lá da janela
E do cordel encantado.

Do Corcovado?
De Rita Lee e Maria.
O que dizer da agonia,
Lembrada por Montenegro.

O que dizer do segredo,
Que nunca foi desvendado.
O que dizer do bordado,
Na saia de Rafaela.

O que dizer da tigela,
Do caldeirão amassado.
O que dizer do roçado.
Quando a chuva escorre.

O que dizer do que corre
Com medo da cara preta.
O que dizer da lambreta
Com a corrente quebrada.

O que dizer da sincera.
Quando se sente traída.
Do beco, que sem saída
Virou uma barca furada.

Quando ninguém da licença.
E nem se importa com nada.


ElsonMSilva