Queimadura de vela.
Dor de furada,
de grampo na cela.
É como o entalo
Da febre amarela.
Bacia furada,
Na beira do rio.
Trem descarregado
Ao lado do trilho.
Osso de galinha,
Atravessado na "guela".
como pressão alta,
A dor na garganta.
Mordida de anta,
Fogo de lagarta.
O corte de lata
Aberta na tampa.
Como candeeiro,
Que não tem pavio.
O frio na muleira,
De dor de barriga,
Lençol furado,
Em noite de frio.
Uivo do lobo
vendo a lua cheia
Trator atolado
Em banco de areia
Como embolador,
Que perdeu desafio.
Injeção na testa,
Sem anestesia,
Palhaço no palco
sem ter alegria,
Pneu furado,
em estrada deserta.
Voo de partida sem ter hora certa,
Como a lagarta,
matando o milho.
Assim,
É dona Realidade,
A provocar meu Poema.
Que procura flores para rimar,
E não acha.
Só_em álbum de fotografia.
E por isso pena.
Como coração de Pai
Tendo_desgosto de filha.
ElsonMiranda
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