domingo, 13 de setembro de 2015

MARCHA LENTA

Percebe,
Reivindicamos um novo Poema.
Uma nova forma de fazer Poesia.
Uma transformação necessária.
Trazer pra forma literária,
Os traços de Lata dos nossos dias.

Dos meninos brincando de skate na Praça,
Dos macacos de pelúcia,
Nas vitrines vitrificadas,
Dos Sopping center's, da Lapa,
Ou dos Retrôs da Freguesia.

Um movimento que una os Tamboretes
Das casas de Triunfo,
Até os assentos infláveis dos Turbos Ultrassônicos.
Que é o que somos.
Vivemos o mundo na ponta dos Dedos,
E nos afundamos em  Infindos Segredos.

Morreremos cedo, talvez.
Ou tarde demais.
Nada tem sido capaz,
De nos fazer decifrar tão grande velocidade.
Que nos arrasta nas cidades,
Ou nas roças Energizadas, Globais.

Precisamos de uma natureza fina.
Pra entender o dilema do Pianista tocando valsa,
Nos teatros da Argentina.
E dos meninos tocando violino, em São Caetano.
E da natureza Grossa, para ver os meninos se afogando,
Nas águas frias da Turquia.


Esse é  meu verso.
O novo verso.
Que narre agora o que a rua cala.
E grite na rima o que o ninguém fala.
De tanto ver a engrenagem.
Operar em reversão.
E o carro da ARTE andar na Contra Mão,

E em Marcha LENTA.

ElsonMiranda




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