domingo, 13 de setembro de 2015

SEM LENÇO E SEM DOCUMENTO

Canto contos desse tempo,
E os trilhos do metrô,
São as cordas.
Do instrumento.


Que enviam mensagens ao vento.
Como sons de celular,
E as linhas de alta tensão.
Conduzem o pensamento.

Sem destino pra chegar.

Não tenho lema,
Nem antigo nem novo.
Porque me perdi com o povo.
Que tenta se encontrar

Um povo filho da pressa.
Se não corre,
Morre.
Porque o tempo corre

Muito depressa

E não espera por ninguém.

E ninguém conta.
Ninguém se encontra.
E vamos nessa Lida Tonta.
Como a palha ao vento.

Sem lenço e sem documento.
Aonde a vida nos levar.


ElsonMiranda

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