quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Cidade desvairada
Emaranhados de concreto.
Fita asfáltica espalhada.
Por onde fojem os carros.
E motos em disparada.
Como as tranças
Dos cabelos, ao vento esvoaçadas.
Das vassouras nas travessas.
Na cidade desvairada.
As trilhas subterrâneas
Do metrô na sua marcha.
Tentando empurrar a vida
Que escorrega atrasada.
A vida que não pára.
À noite, ouvem-se milhares de falas.
Nas galerias ocultas
Escondidas nas calçadas.
E os cabos nus, por onde trafega
A eletricidade alvoroçada.
Iluminando as passarelas
Com luzes amareladas.
Indicando os viadutos.
Numa tela entrelaçada.
Ruas, pontes e vielas.
Desfilando de mãos dadas.
Num movimento
Continuo, intenso.
Que não cessa.
Nem se acaba.
ElsonMSilva
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