Quem nunca viu não pode imaginar
o que seja contemplar
O nascer do sol no Sertão.
Por trás do imenso paredão
da Serra,
Uma grande bola de fogo aparece,
Aos poucos a terra se aquece,
esquentada pelo seu fulgor.
Poucos minutos depois,
o espetáculo se finda,
Pra ver do Exu a Araripina,
A terra se mostrando aos poucos.
Tem que dormir pouco e acordar cedo.
Pra contemplar o segredo,
Da superfície em brasas.
Quando os sertanejos em casa,
Estão ainda sonhando,
Ele está se assanhando,
Pra começar a jornada.
As nuvens parecem respeitar
A hora do seu despertar.
Porque quase sempre à essa hora,
Elas vão todas embora,
Pra ele poder passar.
E parece que é exigente,
Não quer ver ninguém
na frente,
por isso acho que elas fogem.
E ele, autoridade maior,
Se ergue de um pulo só.
Com suas chamas acesas.
Mostrando sua beleza,
Por um minuto só.
Depois de se levantar.
Quem inventar de olhar,
Cara a cara pra ele,
Vai logo se arrepender.
Ao ver a luz da labareda.
Capaz de queimar as bolas,
E sapecar as sobrancelhas
Do tolo que se arriscar.
E teimar em encarar,
Seu fogo que incendeia.
Assim segue numa boa,
Sem ninguém para interromper,
Sua pisada diária
Com calor de derreter.
ElsonMSilva
Nenhum comentário:
Postar um comentário