quinta-feira, 5 de novembro de 2015

ADOLPHE SAX

                





O que dizer, do dom, de fazer som, e muito mais.
De tirar som, de inventar tom.
E tons,
Em sóis, e mis e fás.
Em instrumentos musicais.


De trabalhar
As chavetas, os registros, as braçadeiras,
E os tubos principais.
Numa combinação perfeita, 
De recriar talvez,
A mais bela das artes, entre os mortais.
Depois de Poema.

Juntando parte a parte, 
Desde a boquilha ao pescoço;
Das chaves de guarda, ao reforço,
Das delicadas campânulas.
Sem trena.

Ouvir o som que acalanta,
Em partituras formais.
Em claves fenomenais,
Superpostas na mecânica.

Engenharia que canta,
Solfeja, grita em notas.
Que os dedos, em chaves tortas,
Geram sonido alinhado.

Adolphe, 
Belga honrado.
És um bem aventurado.
Pelo teu feito lembrado.
Que até hoje encanta.


ElsonMSilva

Nenhum comentário:

Postar um comentário