Quem viajou pro mundo,
Pra ver desastre em tela.
Não imaginou, suponho,
Ver na sua própria terra,
Desastre tão medonho.
O Rio Doce, inchando,
Suas águas amarelas.
O minério de ferro,
A lama misturada.
Descendo mundo abaixo,
Levando tudo nela.
Quem já agonizava,
Com as matas, por um fio,
Leito, quase vazio,
Sem roupa se arrastava.
O pouco que restava,
Fauna e flora do rio,
Os índios que viviam,
Dele se alimentava.
Agora,
A mãe tá destruída.
O que será da vida,
Das tribos abaladas.
Sebastião Salgado,
Com a máquina engatilhada,
Apontou pras nascentes,
Também ameaçadas.
Se houver esperteza,
Sem perder tempo em nada,
Os olhos d'água vivos,
Pode ser a virada,
E devolver a vida,
À quem não deve nada.
Os peixes,
Os índios,
E a mata.
ElsonMSilva
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