terça-feira, 17 de novembro de 2015

SEBASTIÃO SALGADO VIU AS ÁGUAS DO RIO DOCE




Quem viajou pro mundo,
Pra ver desastre em tela.
Não imaginou, suponho,
Ver na sua própria terra,
Desastre tão medonho.

O Rio Doce, inchando,
Suas águas amarelas.
O minério de ferro,
A lama misturada.
Descendo mundo abaixo,
Levando tudo nela.

Quem já agonizava,
Com as matas, por um fio,
Leito, quase vazio,
Sem roupa se arrastava.

O pouco que restava,
Fauna e flora do rio,
Os índios que viviam,
Dele se alimentava.

Agora, 
A mãe tá destruída.
O que será da vida,
Das tribos abaladas.

Sebastião Salgado,
Com a máquina engatilhada,
Apontou pras nascentes,
Também ameaçadas.

Se houver esperteza,
Sem perder tempo em nada,
Os olhos d'água vivos,
Pode ser a virada,
E devolver a vida,
À quem não deve nada.

Os peixes,
Os índios, 
E a mata.

ElsonMSilva




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