O Rio Doce morreu.
Minas Gerais tá de luto.
Golpe fatal, absurdo.
Na terra de todos os mineiros.
Morre um rio Brasileiro.
Morre o índio,
Um mundo inteiro.
De bichos, mata e viveiros.
E correm, biólogos, professores, fotógrafos, e bugreiros,
Pra ver se dar pra escapar,
ou pelo menos registrar
O que restou no lameiro.
Antes e depois da onda.
Que avança, implacável, sem se importar.
Nem com novo, nem com velho.
Nem com conta pra pagar.
Descendo o despenhadeiro,
O mar de lama,
ligeiro, corre
Sem querer parar.
Como a cobra em disparada,
Escorregando na estrada,
Como quem foge, assustada.
De quem quer lhe dominar.
Assim se apressa a lama.
Que ao deslizar, da cama.
Corre. corre e não se cansa.
Só pra tomar banho de mar.
Até que mais uma se encha.
Até tudo se acabar.
ElsonMSilva
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